E os reparos foram realizados A partir da falha no dreno em 2009, a Samarco revisou o projeto inicial para consertos no ano seguinte. Para não correr risco de saturação, construíram um tapete drenante. Não funcionou e, a lama, que retém muita água, novamente se depositou em áreas impróprias. Cheia de falhas na barragem, as operações em Fundão deveriam ter sido interrompidas, mas, ao invés disso, a empresa propôs um novo projeto solução e, em 2012, recuou ainda mais o último dique sob uma base de lama instável e deu continuidade no alteamento em cima dos próprios sedimentos.
O geólogo explica que a nova camada, curvando-se em formato L para que pudesse comportar um maior volume de rejeitos, sobrecarregou e extravasou o lamaçal localizado na ombreira esquerda do tanque. “O problema não foi nas camadas mais antigas, mas sim, na parte mais nova, no aterro executado em cima, por último,” conclui Pissato. Nessa situação, qualquer pressão ou tremor sísmico poderia ter provocado o rompimento.